Revolução digital em escritórios contábeis
A era digital promoveu uma verdadeira revolução no trabalho de profissionais que atuam neste segmento.
Com  o avanço da tecnologia, podemos afirmar que, hoje, o setor contábil não  é mais o mesmo.
A era digital promoveu uma verdadeira revolução  no trabalho de profissionais que atuam neste segmento.
O novo  contexto extinguiu a antiga era do papel, na qual as escriturações eram  feitas em folhas de papel, impressas e armazenadas em arquivos físicos.
Agora,  ao invés de imensas pilhas de arquivos, os profissionais contábeis  podem acessar todos os documentos diretamente pelo computador.
Nesta nova  dinâmica, não apenas o serviço, mas também o papel do contador sofre  alterações.
Ele deixa de ser apenas o responsável pelas  atividades burocráticas dos clientes e começa a interagir com o mundo, resultando na  maior atualização e profissionalização do serviço.
Na nova era,  muito mais que na geração do papel, o contador precisa agregar valor ao  serviço e estar totalmente afinado à legislação fiscal e contábil.
Para  se ter uma ideia, atualmente, cerca de 70% dos documentos enviados ao  governo já estão em formato eletrônico.
Este número poderia ser  maior, como em outros países que também adotaram os International  Financial Reporting Standards (IFRS), ou, em português, as Regras  Internacionais de Contabilidade.
Os IFRS determinam que todos os  escritórios contábeis adotem as normas mundiais de padronização do  setor, entre as quais está a de todos os documentos físicos convergirem  ao formato digital.
No Brasil, país com mais de 400 mil  contadores e 70 mil escritórios contábeis, ainda há grandes obstáculos  neste caminho de adaptação aos IFRS.
O setor de contabilidade é  formado por cerca de 80% de micro e pequenas empresas, a maioria moldada  a uma administração de natureza familiar.
O comum nesses casos é  que profissionais com mais tempo de carreira fiquem apreensivos em  utilizar ferramentas de tecnologia que modernizarão os serviços do escritório.
O aumento  da fiscalização, porém, com SPED e NF-e, e a corrida frente à  concorrência, exigem um novo posicionamento dos escritórios rumo ao mundo digital.
Como  resultado, as empresas e consultorias também passaram a investir mais na  qualificação dos funcionários.
Hoje, existem cursos oferecidos  tanto pelos grandes escritórios de contabilidade quanto pelos próprios  sindicatos da categoria, que têm auxiliado a profissionalização e a  valorização do setor.
Especificamente com o uso da tecnologia,  além de estar alinhado às tendências, é possível verificar que o grande  interesse dos profissionais de contabilidade é atender a três  necessidades básicas: segurança na armazenagem de dados dos clientes,  organização e facilidade na busca de documentos e redução de custos,  seja com a impressão de papéis ou com a locação de espaços para o  arquivo.
De fato, a digitalização de documentos e a virtualização  de arquivos permitem que o profissional acesse todos os dados  remotamente, de forma segura e com custo reduzido. Ou seja, as soluções  tecnológicas hoje direcionadas ao setor de contabilidade permitem o  aumento de produtividade e de rentabilidade.
Como se dá em toda  mudança cultural, há um processo de transição. A renovação, porém, é  inevitável.
Agora, cabe às contabilidades que ainda não se  renderam ao novo mundo adaptar-se o mais rápido possível.
E,  neste processo, todos saem ganhando.
O contador ganha  produtividade, redução de custo e pode agregar ainda mais valor ao  serviço oferecido.
Já o cliente ganha mais qualidade, agilidade e  confiabilidade nas informações.
Sem falar que, por conta da  ampliação da fiscalizando e burocracia do governo, os contadores devem  estar sempre antenados às novas tecnologias que surgem no mercado.